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2º Vice-Presidente: Paulo Bento Rosa
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3º Tesoureiro: Hércule Martinez Peregrino
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Diretor de Esporte: Mário Antônio Guerreiro Franco
Diretor de Comunidade: Paulo Roberto Silva Marcondes César
Diretor de Turismo: Ivo Aldo Brondino
Diretores de Prevenção e Promoção da Saúde: Isabella de Almeida Barbosa Lima e Itamar do Amaral Silva
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Conselho Fiscal: José Zacarias de Paula Filho e Natália Andrade Bento Rosa

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Escolas de odontologia: opção deve ser pela qualidade

Abrir uma faculdade virou febre no Brasil. Seja na área de direito, medicina, jornalismo, odontologia ou o que mais pensarmos, todos os dias há uma inauguração aqui ou acolá. Há décadas, e em governos de distintos matizes, assistimos à derrocada do aparelho formador. Isso porque a opção é pela quantidade, e não pela qualidade.
Na odontologia, o crescimento do número de cursos foi estratosférico nos últimos anos. Temos atualmente mais de 200 faculdades, que formam 10 mil cirurgiões ao ano. Vale lembrar que já somamos 246.197 mil.
A formação em massa só tem servido para enriquecer alguns maus empresários do ensino sem compromisso com a saúde bucal. Eles formam muito, mas com capacitação insuficiente. Ficam milionários e frustram os sonhos de quem investe num curso universitário com o objetivo de bem atender aos cidadãos.
O mercado de trabalho já está saturado em muitas regiões, sem um efeito prático do ponto de vista epidemiológico. Em contrapartida, há, em outras áreas do Brasil, um serviço escasso, além de prevalência de cárie maior. O Piauí, por exemplo, possui 1.670 cirurgiões-dentistas, Mato Grosso tem, 2.902 e Pará, 3.008. A relação com os habitantes é de 1/1.702, 1/1.862 e 1/2.058, respectivamente.
Por outro lado, nos grandes centros, a abertura indiscriminada de escolas leva à precarização do trabalho dos cirurgiões-dentistas imposta por operadores de planos odontológicos.
''O número absurdo de profissionais que se formam anualmente tem obrigado muitos dos nossos colegas a estabelecer vínculo de dependência com os convênios, criando, ainda, uma situação de desequilíbrio na qual sofremos constante desvalorização'', adverte o presidente do CROSP, Emil Razuk.
Diante desses problemas, o CROSP está formando uma frente de entidades representativas dos cirurgiões-dentistas para cobrar políticas públicas sólidas do Ministério da Educação. A verdade é que hoje é discutível a necessidade de mais faculdades de odontologia. O que precisamos mesmo é que as já existentes sejam boas escolas. Também faltam ao Brasil políticas de incentivo para atrair profissionais às regiões mais distantes, com remuneração digna, oportunidades de atualização e condições adequadas para uma boa prestação de assistência aos cidadãos.

Número de Faculdades de Odontologia, por Estado, no Brasil


Matéria retirada do jornal Novo CROSP, edição 139, dezembro/2012, pp. 6.


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