DIRETORIA APCD 2010-2013:
Presidente: Gontran de Paiva Nasser Júnior
1º Vice-Presidente: Rachel Rezende Machado
2º Vice-Presidente: Paulo Bento Rosa
Secretário Geral: José Geraldo M. Penina
1º Tesoureiro: Lucilene Hernandes Ricardo
2º Tesoureiro: Grace Maria de P. R. Carvalho
3º Tesoureiro: Hércule Martinez Peregrino
Diretor Científico: Ivete Tereza de A. Collus
Diretores Sociais: Katia Regina Prado Nasser e Maria Helena Vilela S.Roma
Diretor de Esporte: Mário Antônio Guerreiro Franco
Diretor de Comunidade: Paulo Roberto Silva Marcondes César
Diretor de Turismo: Ivo Aldo Brondino
Diretores de Prevenção e Promoção da Saúde: Isabella de Almeida Barbosa Lima e Itamar do Amaral Silva
Diretores Nova Geração: Vinícius Aneas Rodrigues e Stella Mendes de Barros
Diretor Acadêmico: Beatriz Prado Nasser
Diretor de Patrimônio: José Roberto Mendes Júnior
Conselho Fiscal: José Zacarias de Paula Filho e Natália Andrade Bento Rosa

quarta-feira, 4 de julho de 2012

"Professor"

        Todos nós da Família APCD Pindamonhangaba, ficamos consternados com a ausência repentina de um de nossos maiores expoentes da odontologia do Vale do Paraíba, quiçá do Brasil, o Cirurgião-Dentista Renato Yassuda. É maior porque sabia muito. Porque sabia passar seu saber. Porque criou, desenvolveu e organizou a odontologia da nossa região. Porque tinha senso de humor. Tinha religiosidade. e espirituosidade na medida certa, pois, o excesso da primeira, infantiliza e abobalha, enquanto que o da segunda torna o homem mau e abjeto. Homem de verdade é inteligente (digo homem no sentido de pessoa, em qualquer gênero). Pensa. Não teme a Deus pois está com Ele. Está Nele. Não impõem sua crença ou modo de pensar, mas, antes disso, convence pelo jeito certo de ser e agir. Não estou pintando a perfeição não, meus caros, já que eu e o doutor Yassuda tivemos pouco tempo de convivência, mas assim ele me parecia.

         Não quero e não vou falar de sua biografia. Não vai caber. Vou falar do cara que encontrei em meados de 2010, quando me parabenizou por ter assumido a APCD de Pindamonhangaba. Nesta nossa conversa ele me disse se podia preparar um artigo para o jornal e que também havia recebido uma homenagem pública que não havia sido devidamente divulgada por nós da APCD... Daí para frente estivemos em frequente contato e numa outra oportunidade, convidei-o oficialmente a produzir uns textos para o Jornal APCD (temos seus artigos no nosso Blog e nos dois números do jornal impresso) e, em uma semana, já tinha em mãos o seu primeiro rascunho. Sim, rascunho, porque ele ia polindo e ajustando e demorando até que eu o detivesse senão nós não publicávamos.

         O "Professor" (como passei a chamá-lo), desde o início, me chamou a atenção pelo exímio raciocínio nos mais variados assuntos e pela excelente articulação. Educado. Muito polido . Era educado até quando me repreendia pelas minhas impetuosidades e falta de paciência (decorrentes mais da minha "bipolaridade aguda irreversível galopante sem freio" que da própria juventude, como ele afirmava). Minha estória com o "Professor" se passa neste breve período de tempo entre 2010 e quando ele se foi. Ele me ligava em casa e na clínica e eu retornava quando dava. Isto o enfurecia pois gostava de hora marcada (era metódico como todo pesquisador e professor que foi). Nossas conversas duravam horas. Horas mesmo. Às vezes 03 ou 04 que passavam sem que eu me desse conta. Na grande maioria das vezes era literalmente um monólogo do "Professor". Eu apenas ouvia (quem me conhece já deve estar pensando: O Gontran só escutando? A tá viu?!). Mas era isso mesmo. Ele discorria sobre história, notícias atuais, sobre odontologia, contava "causos", me dava conselhos e orientações, contava sobre si mesmo... Ele queria a todo custo que eu lhe desse mais espaço no jornal (seus artigos, por serem completos e bem explicados, acabavam ficando extensos), aí eu retrucava, só para vê-lo alterado: 

         - Muito me admira o senhor, meu "Professor", tão inteligente mas sem poder de síntese. Isso aqui é jornal, não é livro não!! Vai dando o seu jeito de resumir senão eu não publico! 

         Então ele começava com os seus "poréns e admoestações" que me divertiam deveras. É claro que ele foi conseguindo um espaço cada vez maior no jornal. Ele era bom.

         Gostava dele. Nas nossas conversas fiquei sabendo como sua família chegou por aqui , de como adoeceu e outras tantas "miudezas de vida" que ele narrava tão bem. Ele me enviava uns envelopes entregues sempre em mãos com suas "ordens" que eu tinha que seguir à risca. Um destes eu estou postando logo abaixo e a letra é dele. Outros mais só dizem respeito a mim e a ele. A última conversa que tivemos, via telefone, depois dos seus "corretivos" habituais sobre meus, constantes, muitos deslizes (demorei um mês para retornar sua última chamada e pedi mais uma vez que ele reduzisse seu artigo), ele me contou que havia pesquisado " ALGUNS FATOS REAIS E PITORESCOS DA ATRIBULADA VINDA DO PRECURSOR DA IMIGRAÇÃO JAPONESA AO BRASIL, O PIONEIRO RYOITI YASSUDA (1885-1961)" e que, POR EU NOVAMENTE E COMO SEMPRE, NÃO TER FEITO POR MERECER, não teria acesso, mas que, por algum motivo ele entregar-me-ia uma cópia e que se eu quisesse, poderia postar no nosso Jornal. Essa obra ficou muito boa mesmo. E é histórica, inclusive para a história de Pindamonhangaba. Em breve eu publico. Devo isso a ele e a nós todos.

"Professor Yassuda" foi um grande prazer, meu querido. Um obrigado meu e da ODONTOLOGIA.







Nenhum comentário:

Postar um comentário